quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Atividades sobre os Movimentos da Terra e Estações do ano - 1º ano - Valor: 1 ponto


01) (UTFPR - adaptada) A relação Sol-Terra faz com que em qualquer lugar do planeta existam diferenças no tempo atmosférico. Essas diferenças têm origem em dois fatores principais, que são os movimentos de rotação e de translação. Analise as alternativas a seguir e identifique a INCORRETA no que se refere à influência desses movimentos no tempo atmosférico e climas da Terra.
a) É o movimento de rotação que determina os ciclos da produção agrícola e, portanto, indica quando plantar, quando colher, quando guardar e quando descansar.
b) Se a Terra não tivesse o movimento de rotação, a face iluminada seria tórrida e a face escura, gelada, sendo impossível a vida no planeta.
c) O movimento de translação é que determina a duração do fotoperíodo diário, sendo que, para o hemisfério Sul, a maior duração do dia iluminado ocorre em 22 de dezembro, quando inicia o verão.
d) O movimento de rotação é o responsável pela exposição do planeta à luz solar, fazendo com que haja certo equilíbrio em relação à temperatura, pois gera os dias e noites.

02) O movimento de translação terrestre representa o ciclo que a Terra realiza ao redor do Sol. Contudo, há uma pequena diferença entre o momento do ano em que o nosso planeta encontra-se mais próximo e o que ele se encontra mais distante da estrela regente do nosso sistema.

A cada um desses “momentos” citados no texto dá-se o nome de:
a) nutação e precessão
b) afélio e periélio
c) solstício e equinócio
d) proximidade e distanciamento
e) gravitação e expansão

03) (UDESC SC/2011) Sobre o movimento de rotação, pode-se afirmar que:
I. consiste na volta que a terra dá em torno do seu próprio eixo (de si mesma) e é realizado de oeste para leste;
II. tem duração de aproximadamente 24 horas e é responsável pela incidência da luz solar por todo o Equador;
III. é responsável pela alternância entre os dias e as noites.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
d) Somente a afirmativa II é verdadeira.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.

04) (UFRGS/2016) A coluna da esquerda abaixo apresenta os movimentos de rotação e translação, responsáveis por diversos fenômenos; a da direita, alguns desses fenômenos.
Associe adequadamente as colunas.
1. Rotação
2. Translação

( ) Afélio e Periélio
( ) Desvios dos ventos
( ) Movimento aparente do Sol
( ) Estações do ano

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
a) 1 – 2 – 2 – 1.
b)  2 – 1 – 1 – 2.
c)  2 – 2 – 1 – 1
d)  1 – 1 – 2 – 2.
e)  1 – 2 – 1 – 2.

05) (UFOP MG/1995) Sobre os movimentos da Terra e suas características, assinale a alternativa incorreta.
a) MOVIMENTO: Rotação; CARACTERÍSTICA: Movimento que a Terra realiza em torno de si mesma.
b)  MOVIMENTO: Rotação; CARACTERÍSTICA: Movimento cuja velocidade nos pólos é nula.
c)  MOVIMENTO: Rotação; CARACTERÍSTICA: Produz conseqüências sobre as correntes marítimas.
d)  MOVIMENTO: Translação; CARACTERÍSTICA: Provoca a ocorrência da sucessão dos dias e das noites.
e)  MOVIMENTO: Translação; CARACTERÍSTICA: Movimento que a Terra executa ao redor do Sol.

06) (PUC RS/1999) Considere o texto e afirmativas sobre equinócio.
“No dia 22 de setembro de 1998, às 2 horas e 37 minutos, iniciou um dos equinócios em Porto Alegre.”

I.  O referido equinócio estabelece o início da primavera, que antecede o verão.
II. Todos os equinócios acontecem entre os solstícios.
III.  O referido equinócio estabelece o início da primavera em todos os países do mundo.
IV. A inclinação do eixo da Terra, em torno de 50°, e seu movimento de rotação, são responsáveis pelo equinócio.

A análise das afirmativas permite concluir que está correta a alternativa:
a) I e IV
b)  I e III
c)  I e II
d)  II e III
e)  III e IV

07) O deslocamento do periélio é registrado como um dos movimentos da Terra, mas não é tão lembrado por dois motivos: não exerce uma influência tão grande sobre a vida no planeta e também por apresentar um ciclo muito longo, que totaliza os 21 mil anos. Mas, afinal, o que é o periélio?
a) é a forma com que a Terra se desloca em torno do seu próprio eixo.
b) é o movimento aparente da Terra ao longo do universo.
c) é o eixo da translação terrestre.
d) é a distância mínima da órbita terrestre em relação ao sol.
e) é a distância máxima da órbita terrestre em relação ao sol

08) O movimento de translação terrestre representa o ciclo que a Terra realiza ao redor do Sol. Contudo, há uma pequena diferença entre o momento do ano em que o nosso planeta encontra-se mais próximo e o que ele se encontra mais distante da estrela regente do nosso sistema.
A cada um desses “momentos” citados no texto dá-se o nome de:
a) nutação e precessão
b) afélio e periélio
c) solstício e equinócio
d) proximidade e distanciamento
e) gravitação e expansão.

09) São chamados de equinócios:
a) Período do ano em que os hemisférios Norte e Sul são iluminados pelo sol de forma desigual, correspondendo ao início do inverno e ao verão.
 b) Período do ano em que os hemisférios Norte e Sul são igualmente iluminados pelo sol e nos quais acontece a primavera e o outono.
c) Dia em que o sol está em zênite e as temperaturas são mais elevadas. Marca também dias e noites iguais.
d) Ocorre no Hemisfério Sul nas seguintes datas correspondentes ao outono e primavera: 23/09 e 21/03
e) A forma com que a Terra se desloca em torno do seu próprio eixo.

10)  Entre todos os movimentos realizados pela Terra, a rotação e a translação são consideradas como os dois mais importantes, pois são os que exercem maior influência no cotidiano das sociedades. As consequências principais da rotação e da translação da Terra são, respectivamente,
a) a intercalação das atividades solares e a variação cíclica dos climas
b) a ocorrência das estações do ano e a sucessão dos dias e noites
c) a sucessão dos dias e noites e a ocorrência das estações do ano
d) a existência dos solstícios e equinócios e a duração do ano em 365 dias.
e) a duração dos ciclos solares e a diferenciação entre climas frios e quentes.

11)  (UNICENTRO/PR-2009) A Terra executa vários movimentos, dos quais os mais importantes para a vida do homem são o de rotação e o de translação. A opção que contém informações INCORRETAS sobre a Terra e seu posicionamento em relação ao Sol é:
a) afélio corresponde ao afastamento máximo da Terra em relação ao Sol, enquanto periélio é o nome dado ao ponto de aproximação máxima.
b) as regiões de maior longitude apresentam as maiores diferenças entre o dia e a noite nos dias de equinócio.
c) durante o movimento de translação da Terra, há apenas dois dias em que os raios solares ficam em exata posição perpendicular ao Equador; são os equinócios.
d) a distância em graus do Equador aos Trópicos de Câncer e de Capricórnio corresponde à medida de inclinação da Terra em relação ao plano de sua órbita ao redor do Sol.
e) os raios solares incidem perpendicularmente apenas em pontos localizados na zona tropical, o que faz dessa região a zona térmica mais quente da Terra.

12) (UFPR) “Se olharmos para o céu numa noite clara sem lua, os objetos mais brilhantes que vemos são os planetas Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. Também percebemos um número muito grande de estrelas que são exatamente iguais ao nosso Sol, embora muito distantes de nós. Algumas dessas estrelas parecem, de fato, mudar sutilmente suas posições com relação umas às outras, à medida que a Terra gira em torno do Sol.”
(HAWKING, S. W. Uma breve história do tempo: do Big Bang aos Buracos Negros. Trad. de Maria Helena Torres. Rio de Janeiro: Rocco, 1988. p. 61.)
A respeito do assunto, considere as seguintes afirmativas:
I. O movimento da Terra ao qual o autor se refere determina uma órbita elíptica em que o planeta ora se afasta, ora se aproxima do Sol.
II. O movimento da Terra em torno do Sol é responsável pela sucessão dos dias e das noites.
III. As posições relativas de planetas e estrelas permitem, há muitos séculos, a orientação no espaço terrestre; a constelação do Cruzeiro do Sul, no hemisfério Sul, e a Estrela Polar, no hemisfério Norte, são pontos de referência para esse tipo de orientação.
IV. A distribuição desigual das temperaturas, determinante da vida em distintos lugares da superfície terrestre, está relacionada, entre outros fatores, à forma esférica da Terra e ao ângulo de incidência dos raios solares.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa I é verdadeira.
b) Somente a afirmativa II é verdadeira.
c) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.

13) “Sucessão dos dias e das noites, interfere na circulação atmosférica e nas correntes marítimas, achatamento dos pólos e levou a criação dos Fusos Horários.” Este importante movimento é conhecido por:
 a) Translação
b) Gravitacional
c) Rotação
d) Solstício
e) Equinócios

14) Devido à inclinação do eixo terrestre e ao movimento de translação, a Terra ocupa durante o ano, diferentes posições em relação ao Sol, ocorrendo os:
a) Solstícios e Equinócios
b) Verão e Inverno
c) Outono e Primavera
d) Luz e Calor
e) Temperatura e Luz Solar

15)  I - Rotação: é o movimento que a Terra faz em torno do seu próprio eixo e tem duração de 23 horas 56 minutos e 4 segundos.
II – Translação: é o movimento que a Terra faz em torno do sol e tem duração de 366 dias e seis horas.
III – Como existe diferença entre a duração do ano e o movimento de rotação, a cada 4 (quatro) anos é feita uma correção no calendário, ocorrendo assim o ano bissexto, que tem 365 (trezentos e sessenta e seis) dias, com 29 (vinte e nove) dias no mês de janeiro.
Com base nas informações acima, analise as alternativas e marque a ÚNICA CORRETA:
a) A alternativa II é falsa devido ao movimento ter uma duração de 366 dias 6 horas e 48 minutos.
b) O único erro que existe na alternativa III é que a correção é feita no mês de fevereiro.
c) Todas as alternativas acima contêm informações equivocadas.
d) A alternativa I é verdadeira porque ao final das 23h, 56m e 4s faz-se uma correção dos minutos em relação ao giro da terra para dar as 24 horas.
e) todas estão corretas

Telescópio da NASA descobre um sistema solar com sete planetas como a Terra

Uma equipe internacional de astrônomos descobriu um novo sistema solar com sete planetas do tamanho da Terra. Está a cerca de 40 anos luz de nós, orbitando em torno de uma estrela anã e fria, de um tipo de astro conhecido como "anões vermelhos". Na Via Láctea, este tipo de astro é muito mais abundante que as estrelas como o Sol e, recentemente, se tornaram o lugar preferido pelos astrônomos para procurar planetas semelhantes à Terra onde possa ser encontrada vida, segundo explicaram os cientistas da NASA, durante uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira. "A questão agora não é como se encontraremos um planeta como a Terra, mas quando", disseram.

O novo sistema solar orbita em torno da estrela Trappist-1, um astro do tamanho de Júpiter encontrado na constelação de Aquário. No ano passado, uma equipe internacional de astrônomos achou três planetas orbitando este astro, com tão somente 8% da massa do Sol. Em um novo estudo publicado hoje na revistaNature, a mesma equipe confirma a existência desses três planetas e anuncia outros quatro. Todos os sete planetas tem o tamanho similar ao da Terra, mas estão muito mais próximos à sua estrela, o que permitiria que abrigassem água líquida, condição essencial para a vida, segundo um comunicado oficial do Observatório Europeu do Sul (ESO).

Em fevereiro e março de 2016 os astrônomos usaram o telescópio espacial Spitzer, da NASA, para captar as minúsculas flutuações na luz do astro que são produzidas quando os planetas passam na frente de sua estrela. Telescópios terrestres no Chile, África do Sul, Marrocos, Estados Unidos e Ilha de La Palma, nas Canárias, direcionaram também suas lentes para a Trappist-1entre maio e setembro. As observações confirmam a existência de seis planetas, Trappist-1 b, c, d, e, f e g, conforme sua proximidade decrescente do astro, e sugerem a existência de um sétimo, h, ainda não confirmado. Os seis planetas confirmados parecem ser rochosos, como a Terra, Marte, Vênus e Mercúrio, embora alguns possam ser muito menos densos. A Trappist-1 e seus mundos se parecem muito com Júpiter e suas luas geladas Io, Europa, Ganimedes e Calisto, algumas também propensas a abrigar vida.

“É um sistema planetário alucinante, não só por haver tantos, mas porque seu tamanho é surpreendentemente semelhante ao da Terra”, diz Michaël Gillon, pesquisador da Universidade de Liège (Bélgica) e principal autor do estudo.

O planeta mais perto de seu sol leva um dia para completar uma órbita, e o mais distante, 12. Os três primeiros estão perto demais da estrela, o que faz com que provavelmente tenham climas abrasadores em excesso para que a água não evapore de sua superfície, segundo os modelos climáticos usados pelos astrônomos. É provável que h, com um tamanho mais parecido com os de Vênus e Marte, seja um mundo gelado por causa de sua distância da estrela. Os três planetas restantes estão dentro da chamada “zona habitável” e podem abrigar oceanos, segundo o estudo.

O mais importante desta descoberta é que pode permitir observar pela primeira vez a atmosfera de um desses planetas, explica Guillem Anglada-Escudé, astrônomo de Barcelona que trabalha na Universidade Queen Mary, de Londres. Trata-se de uma conquista científica que bem vale um Nobel e é um dos passos prévios fundamentais na busca de vida fora do Sistema Solar. No ano passado, Anglada-Escudé descobriu o exoplaneta de tamanho terrestre mais próximo da Terra, a quatro ano-luz.

Observar a atmosfera

Este mundo também orbita em torno de uma anã vermelha, Próxima Centauri, e pode estar coberto por um grande oceano. Ainda está para ser visto se tem atmosfera, condição quase essencial para a vida, e se esta é observável da Terra. Nos planetas da Trappist-1 “é possível que o telescópio espacial Hubble possa analisar se há atmosfera em algum desses planetas e é bastante provável que o Telescópio Espacial James Webb, que será lançado no próximo ano, possa confirmar isso”, explica o astrônomo.

Embora não possam ser vistas a olho nu da Terra, três de cada quatro estrelas em nossa galáxia são anãs vermelhas, por isso é possível que descobertas como a desta quarta-feira se transformem na norma. O nome da estrela corresponde ao acrônimo Telescópio Pequeno para Planetas em Trânsito e Planetesimais (Trappist), um sistema de dois observatórios robóticos da Universidade de Liège que está rastreando as 60 estrelas anãs frias mais próximas da Terra em busca de planetas habitáveis. Calcula-se que para cada planeta que se consegue detectar com este método haja “entre 20 e 100 vezes mais planetas”, explica Ignas Snellen, da Universidade de Leiden (Holanda), em um comentário ao artigo original publicado na Nature.

Por isso esse achado deve ser um lembrete para os terráqueos de que não há razões objetivas para se sentirem especiais. “Encontrar sete planetas em uma amostra [de estrelas analisadas] tão pequena sugere que o Sistema Solar com seus quatro planetas rochosos pode não ser nada fora do normal”, escreve o pesquisador em um comentário ao artigo original na Nature. Esses planetas podem abrigar vida? Impossível saber disso no momento, diz Snellen, mas “uma coisa é certa: em alguns bilhões de anos, quando o Sol tiver esgotado seu combustível e o Sistema Solar deixar de existir, a Trappist-1 continuará sendo uma estrela em sua infância. Consome hidrogênio tão devagar que continuará viva uns 10 trilhões de anos, 700 vezes mais que a idade total do Universo e, possivelmente, isso é tempo suficiente para que a vida evolua”, conclui.




NÚMEROS QUASE PERFEITOS


O novo sistema solar descoberto na Trappist-1 é extraordinariamente compacto e ordenado. Seus planetas estão em um mesmo plano, como ocorre no Sistema Solar. Além disso, suas órbitas seguem um ritmo periódico e o tempo que levam para completá-las pode ser expresso em frações simples, por exemplo, 8/5 para os planetas c e b ou 5/3 para d e c. Cada planeta influi com sua gravidade na órbita do que está mais próximo dele.
Estas pequenas distorções serviram para calcular a massa dos seis planetas confirmados e indicam que, em sua origem, formaram-se longe da estrela e depois migraram na direção dela. Isso poderia significar uma forma alternativa de criar planetas rochosos que não se parece com a que conhecemos no Sistema Solar. Nas luas de Júpiter, essas distorções fazem com que as luas conservem calor interno e tenham vulcanismo, como Io, ou possíveis oceanos, como Europa. Em 2013 foi descoberto um sistema de seis planetas, três deles habitáveis, em torno da Gliese 667C, a 22 anos-luz da Terra, embora somente dois deles estejam 100% confirmados. O que torna única a descoberta revelada hoje é que pelo menos seis de seus planetas transitam diante de sua estrela, o que permitirá analisar sua atmosfera, se é que a possuem
Fonte:http://brasil.elpais.com/brasil/2017/02/22/ciencia/1487783042_037999.html

As Etapas do Capitalismo

O início do capitalismo ocorreu no século XIII, a partir da desestruturação do sistema feudal, que por sua vez modificou o setor produtivo e as relações de trabalho, nesse momento houve o renascimento comercial que ficou caracterizado pela transição do feudalismo para o capitalismo.

No século XV, recebeu o nome de capitalismo comercial, para alguns autores pré-capitalismo, esse foi marcado principalmente pela expansão ultramarina, colonização do novo mundo (continente africano, asiático e americano), políticas mercantilistas (a essa se vinculava a acumulação primitiva de capital, metalismo, balança comercial favorável) e por fim o surgimento das primeiras potências européias: Portugal e Espanha.

No final do século XVIII e início do XIX, teve origem o chamado capitalismo industrial, esse ficou caracterizado por muitas evoluções que foram primordiais à ocorrência da Primeira Revolução Industrial na Inglaterra, no século XVIII, a utilização do carvão mineral como fonte de energia para a indústria têxtil recebeu o invento da máquina a vapor, a inserção de outras nações no processo, como França, Alemanha, Estados Unidos e Japão. O imperialismo europeu, a partilha colonial, o liberalismo e o surgimento do socialismo também marcaram esse período.

O capitalismo financeiro tem seu início no século XX, e os fatos históricos e características da etapa remetem-se à Segunda Revolução Industrial, o descobrimento do petróleo como fonte de energia, invento do motor à combustão, a indústria automobilística e a evolução nos transportes, economia monopolizada de indústria e finanças, a criação da União Soviética, Crash da Bolsa em 1929 (crise de 29), intervenção do estado na economia, terminando com o liberalismo puro, a expansão e surgimento de grandes corporações e empresas transnacionais. 

A consolidação da Terceira Revolução Industrial, também denominada de Revolução Tecnológica, se deu pela reordenação espacial da indústria, reorganização da divisão internacional do trabalho e principalmente pela acelerada evolução e inovações tecnológicas (telecomunicação, transportes, informática e biotecnologia).

Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/as-etapas-capitalismo.htm


Teoria do Big Bang


Supernova

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Uma estrela nasce sempre em uma nuvem de poeira e gás grande e fria que se encontra, geralmente entre outras estrelas de uma galáxia. Para que se inicie a formação de uma estrela é necessário que haja algum tipo de perturbação na nuvem como, por exemplo, a explosão de uma supernova como veremos mais a frente. Ocorrida a perturbação começam a se formar grumos (aglomerados de poeira e gás) no meio da nuvem, então esses grumos por causa da quantidade de massa e da temperatura sempre crescente começam a entrar em colapso e a arrastar cada vez mais matéria para dentro de si até formar um núcleo (isso leva cerca de milhões de anos, pouco tempo para uma estrela), chamado de protoestrela. Mesmo assim, a protoestrela continua se aquecendo e arrastando matéria por meio de gravidade até o seu núcleo até se estabilizar, e se esse núcleo tiver massa o suficiente ele forma uma estrela.
Toda estrela é composta basicamente por hélio e hidrogênio e ela vai consumindo esse combustível ao longo de sua vida até que ele se esgote, ou seja, até que todo o hidrogênio tenha sido consumido. Quando isso ocorre a estrela morre, mas nem sempre ela se transforma em uma supernova. Isso vai depender de seu tamanho.
Para que ao acabar o hidrogênio a estrela se transforme em uma supernova, ela deve ter uma massa bem maior que o sol, por exemplo. Quando isso ocorre, ela começa a transformar o hélio em carbono através da fusão. É o mesmo que ocorre com outras estrelas menores, só que em uma estrela tão grande a massa é suficiente para fundir o carbono em elementos mais pesados como o enxofre e o ferro. Assim que o núcleo é fundido em ferro ele entra em colapso por causa de sua própria gravidade e começa a cair sobre si mesmo, a parte externa da ex-estrela é expulsa violentamente para o espaço e gera uma onda de choque que pode desencadear o nascimento de outras estrelas em outras galáxias. O núcleo se torna tão compacto e denso em questões de minutos, que uma pequena porção dele pesaria toneladas. Então em seu núcleo os prótons e os elétrons se fundem e formam nêutrons, nessa fase ela já é chamada de estrela de nêutrons. Se a estrela que morreu for aproximadamente trinta vezes maior que o sol então, ao invés de uma estrela de nêutrons ela formará um buraco negro.

Arquivado em: Estrelas

Fonte: https://www.infoescola.com/estrelas/supernova/

Teoria do Big Bang


A busca pela compreensão sobre como foi desencadeado o processo que originou o universo atual, proporcionou – e ainda proporciona – vários debates, pesquisas e teorias que possam explicar tal fenômeno. É um tema que desperta grande curiosidade dos humanos desde os tempos mais remotos e gera grandes polêmicas, envolvendo conceitos religiosos, filosóficos e científicos.

Até o momento, a explicação mais aceita sobre a origem do universo entre a comunidade cientifica é baseada na teoria da Grande Explosão, em inglês, Big Bang. Ela apoia-se, em parte, na teoria da relatividade do físico Albert Einstein (1879-1955) e nos estudos dos astrônomos Edwin Hubble (1889-1953) e Milton Humason (1891-1972), os quais demonstraram que o universo não é estático e se encontra em constante expansão, ou seja, as galáxias estão se afastando umas das outras. Portanto, no passado elas deveriam estar mais próximas que hoje, e, até mesmo, formando um único ponto.

A teoria do Big Bang foi anunciada em 1948 pelo cientista russo naturalizado estadunidense, George Gamow (1904-1968) e o padre e astrônomo belga Georges Lemaître (1894-1966). Segundo eles, o universo teria surgido após uma grande explosão cósmica, entre 10 e 20 bilhões de anos atrás. O termo explosão refere-se a uma grande liberação de energia, criando o espaço-tempo.

Até então, havia uma mistura de partículas subatômicas (qharks, elétrons, neutrinos e suas partículas) que se moviam em todos os sentidos com velocidades próximas à da luz. As primeiras partículas pesadas, prótons e nêutrons, associaram-se para formarem os núcleos de átomos leves, como hidrogênio, hélio e lítio, que estão entre os principais elementos químicos do universo.
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Ao expandir-se, o universo também se resfriou, passando da cor violeta à amarela, depois laranja e vermelha. Cerca de 1 milhão de anos após o instante inicial, a matéria e a radiação luminosa se separaram e o Universo tornou-se transparente: com a união dos elétrons aos núcleos atômicos, a luz pode caminhar livremente. Cerca de 1 bilhão de anos depois do Big Bang, os elementos químicos começaram a se unir dando origem às galáxias.

Essa é a explicação sistemática da origem do universo, conforme a teoria do Big Bang. Aceita pela maioria dos cientistas, entretanto, muito contestada por alguns pesquisadores. Portanto, a origem do universo é um tema que gera muitas opiniões divergentes, sendo necessária uma análise crítica de cada vertente que possa explicar esse acontecimento.

(Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/big-bang.htm)
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia

Afélio e Periélio


Fonte:http://blog.hangar33.com.br/meteorologia-aplicada-os-movimentos-da-terra-e-as-estacoes-do-ano/

Afélio = período no qual Terra e Sol encontram mais afastados, a distância é de aproximadamente 152.200.000 km.

Periélio = período no qual a distância entre os dois (Terra e Sol) é menor, sendo de aproximadamente 147.000.000km.



Estações do ano

O planeta Terra não apresenta uma dinâmica climática homogênea, ou seja, igual em todos os seus pontos. Boa parte dessas variações é explicada pela existência das diferentes estações do ano, que ocorrem principalmente por causa da existência do movimento de translação e também por causa da inclinação do eixo de rotação terrestre, que se encontra 23,5º inclinado em relação ao seu plano orbital.
Esquema representando a inclinação do eixo de rotação terrestre
Esquema representando a inclinação do eixo de rotação terrestre

Em virtude dessa dinâmica, o planeta possui um total de quatro estações do ano: primavera, verão, outono e inverno. Na verdade, essa divisão é hoje adotada em razão da matriz europeia sobre a qual se constituíram as ciências, pois nesse continente elas são mais facilmente percebidas dessa forma. Em regiões mais próximas à Linha do Equador, por exemplo, o mais comum é que se perceba, geralmente, apenas duas grandes estações, uma mais seca e outra mais chuvosa.
De toda forma, é importante entender que as estações do ano apresentam-se de forma inversa nos hemisférios norte e sul. Assim, quando é inverno no norte, é verão no sul; da mesma forma que quando é primavera no norte, é outono no sul, e vice-versa. Além disso, quando estamos no período de verão/inverno nos hemisférios, estamos na época dos solstícios e, quando estamos no período de outono/primavera, estamos na época dos equinócios.
Esquema da variação das estações ao longo do ano com os solstícios e equinócios
Esquema da variação das estações ao longo do ano com os solstícios e equinócios

Durantes os solstícios, como podemos observar na figura acima, a Terra recebe níveis diferentes de iluminação, por isso os dias e as noites possuem durações diferentes. Já durante os equinócios, os dias e as noites possuem a mesma duração. Vamos acompanhar, a seguir, as principais características das diferentes estações do ano:

Primavera – durante a primavera, dias e noites possuem a mesma duração. Pelo menos isso é o que ocorre em seu início, pois, com o passar do tempo, os dias vão ficando gradativamente maiores. Essa estação é conhecida por ser o período de crescimento das folhas e flores das árvores, embora apresente diferentes características nos diferentes lugares. Datas aproximadas de início: 20 de março no hemisfério norte e 20 de setembro no hemisfério sul.

Verão – em tempos de verão, os dias são mais longos do que as noites. Esse maior período de exposição aos raios solares faz com que as temperaturas médias elevem-se proporcionalmente. Datas aproximadas de início: 21 de junho no hemisfério norte e 21 de dezembro no hemisfério sul.

Outono – quando o outono se inicia, os dias novamente voltam a ter a mesma duração das noites, equilibrando um pouco as temperaturas. Com o passar do tempo, os dias vão ficando cada vez menores. É nessa estação que as árvores costumam trocar suas folhas. Datas aproximadas de início: 23 de setembro no hemisfério norte e 20 de março no hemisfério sul.
Inverno – na estação do inverno, os dias são menores do que as noites, acontecendo o processo inverso do verão, o que contribui para a diminuição média das temperaturas. Datas aproximadas de início: 21 de dezembro no hemisfério norte e 21 de junho no hemisfério sul.

Vale lembrar que, como já dissemos, essa divisão é utilizada mais por uma herança científica europeia do que pela forma como percebemos diretamente o clima. Nas regiões do Brasil mais próximas à Linha do Equador (em que a luminosidade do sol acontece mais intensamente o ano todo), essa divisão é menos perceptível no cotidiano do que na região sul, onde as quatro estações do ano são mais bem definidas. Em outras sociedades, por exemplo, outros tipos de divisões das estações foram realizadas, tal qual o Egito antigo, cujas estações eram: cheia, plantio e colheita.
Por Me. Rodolfo Alves Pena

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Globalização


Sistema Solar

O Sistema Solar é formado por oito planetas, dezenas de satélites naturais, milhares de asteroides, meteoros, meteoroides e cometas que giram em torno do sol.

Planetas do Sistema Solar

Sistema Solar

Representação do Sistema Solar


Os planetas são astros sem luz nem calor próprios. No nosso sistema solar são conhecidos oito planetas que de acordo com a proximidade do sol são:

Mercúrio: É o menor planeta do sistema solar. É também o mais próximo do Sol e o mais rápido. Formado basicamente por ferro, pode ser visto da Terra a olho nu.
Vênus: É o segundo planeta mais próximo do Sol. Além do Sol e da Lua é o corpo celeste mais brilhante no céu.
Terra: Apresenta água em estado líquido e oxigênio em sua atmosfera o que torna possível a vida no planeta.
Marte: É o segundo menor planeta do sistema solar. É conhecido como planeta vermelho pela coloração de sua superfície.
Júpiter: Maior planeta do sistema solar. Formado principalmente pelos gases hidrogênio, hélio e metano e, ainda, um pequeno núcleo sólido no interior.
Saturno: É o segundo maior planeta do sistema solar. É conhecido pelos anéis formados principalmente por gelo e poeira cósmica.
Urano: É um planeta gasoso e sua atmosfera é constituída, principalmente, de hidrogênio, hélio e metano.
Netuno: Planeta mais distante do Sol. Um gigante gasoso, tal como Júpiter, Saturno e Urano.

Distância entre o Sol e os Planetas - Infográfico
Acompanhe no infográfico abaixo as distâncias dos planetas ao Sol e as principais características do Sol:
Infográfico sobre as distâncias dos planetas ao Sol

Infográfico sobre as distâncias dos planetas ao Sol

Planetas Anões
A identidade de Plutão tem sido questionada durante anos pelos cientistas. Trata-se do planeta anão mais frio e distante do Sol.

Assim, ele recebeu, em 2006, da União Astronômica Internacional (UAI) uma nova classificação: "Planeta Anão".

De acordo com as novas regras, o planeta deve obedecer três critérios:


  • deve orbitar o sol;
  • deve ser grande o suficiente para a gravidade moldá-lo na forma de uma esfera;
  • sua vizinhança orbital deve estar livre de outros objetos.

Éris é o novo corpo celeste, descoberto em 2003, por uma equipe de pesquisadores americanos, sob a chefia de Mike Brown.
Anteriormente, era denominado pelo registro astronômico 2003 UB313, o que seria o "décimo planeta" e está 14 bilhões de quilômetros da terra.
Em 2006 foi definitivamente classificado como Planeta Anão. O nome Éris é referente a deusa grega da discórdia.
Planetas anões
Planetas anões - Plutão, Éris, Makemake, Haumea e Sedna - Planetas anões e suas luas.

Componentes do Sistema Solar
De partida, importante notar que as distâncias entre os astros são gigantescas. No espaço astronômico é utilizado o ano luz como unidade de medida.

O ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano no vácuo. Sabe-se que a velocidade da luz é de 300.000 quilômetros por segundo (Km/s).

Em um ano a luz percorre a distância de 9.460.800.000.000 quilômetros (nove trilhões, quatrocentos e sessenta bilhões e oitocentos milhões de quilômetros).

Satélites
Terra vista da Lua
Terra vista da Lua


Diversos satélites orbitam em torno dos planetas. De acordo com a cosmologia, a Lua, o satélite natural da Terra, deve ter se formado ao mesmo tempo que a Terra e os outros astros do Sistema Solar.
A principal hipótese é de que a Lua tenha sua origem numa colisão entre a Terra e um outro astro do Sistema Solar.
Os fragmentos resultantes dessa colisão formaram a Lua, a qual foi atraída pela gravidade da Terra e gira ao ser redor.
A Lua é o astro mais próximo da Terra. A distância exata entre os dois astros é calculada em quilômetros e não em ano-luz.

Asteroides
Ao redor do sol ou dos planetas giram também vários asteroides, que são blocos rochosos ou metálicos. Muitos asteroides estão na órbita de Marte e de Júpiter, numa região chamada de cinturão de asteroides.
Localização do cinturão de asteroides
Localização do cinturão de asteroides


Meteoros e Meteoritos
Em algumas noites, podemos ver luzes riscando o céu. Temos a impressão que são estrelas caindo. Na realidade, são os meteoros.

Popularmente chamados de "estrelas cadentes" são caracterizados por pequenos grãos de poeira que, ao se chocarem com a atmosfera da Terra, se incendeiam e se desintegram.

Fragmentos maiores, os meteoroides, são corpos sólidos que se deslocam no espaço interplanetário. Quando atingem a atmosfera da Terra ou a superfície terrestre, recebem o nome de meteorito.
Meteorito
Meteorito

Cometas
Outros astros que se aproximam da Terra são os cometas. Eles são corpos temporários que descrevem órbitas alongadas, compostos de matéria volátil (que evapora facilmente, como líquidos e gases) em forma de gelo, grãos de rocha e metal.

Corpos sólidos, se evaporam quando se aproximam do Sol, liberando vapor, gás e poeira. Seu núcleo sólido é envolvido por uma "cauda", que brilha ao refletir a luz do sol.

Cada vez que o cometa passa perto do sol, perdem parte de sua matéria ou acabam colidindo com ele ou com planetas grandes. O mais conhecido é o Cometa Halley.
Cometa Halley
Cometa Halley


Origem
Algumas hipóteses tentam explicar a origem do Sistema Solar sendo uma delas a hipótese nebular.

Segundo ela, no início as estrelas teriam sido nebulosas. Ou seja, grandes nuvens de poeira e gás que se compactaram girando cada vez mais rápido devido a sua força gravitacional.

Sua porção central teria formado uma estrela, e a matéria exterior teria se contraído, dando origem aos planetas.

O sol e todo o sistema solar faz parte de uma galáxia, que se chama Via Láctea.

Você sabia?
O maior planeta do sistema solar é Júpiter, sendo que ele é 1.300 vezes maior que a Terra. Já o menor, é Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol. Ali, a temperatura pode chegar até 400°C.


Fonte: https://www.todamateria.com.br/sistema-solar/

Telescópio Hubble



Telescópio Espacial Hubble é o mais importante de todos os telescópios que já foram construídos no mundo. Isso porque ele fica no espaço, livre das interferências da atmosfera terrestre, o que permite que ele consiga imagens precisas de lugares distantes do universo.O Telescópio Hubble foi lançado em 1990 e equipado com lentes que podem detectar tanto a luz visível quanto a luz infravermelha. Ele é do tipo Refletor Ritchey-Chretien, ou seja, seu principal elemento óptico é um espelho.Projetado e construído nas décadas de 70 e 80, o Telescópio Hubble leva o nome do astrônomo americano Edwin Powell Hubble que foi o primeiro a conseguir provar que as até então chamadas nebulosas eram na verdade (em sua maioria), galáxias independentes, assim como a nossa Via Láctea. Foi ele, também, o primeiro a notar que as galáxias estão se afastando, dando subsídios para a teoria do Big-Bang.No início de sua jornada, orbitando o planeta terra a uma altura de cerca de 600 km da superfície, o Hubble apresentou um defeito em seu espelho principal que estava com uma deformação equivalente a 1/50 de um fio de cabelo, o suficiente para prejudicar as imagens. Para consertá-lo foi elaborada então uma missão especial, que ocorreu em 1993, exclusivamente para instalar lentes corretivas no Hubble.O Hubble não é o maior telescópio do mundo (os telescópios de Mauna Kea no Havaí, que são os maiores, têm 10 metros de diâmetro cada), mas mesmo assim, é o que consegue as melhores imagens e informações das galáxias e outros corpos celestes, principalmente os que estão distantes, além de nosso sistema solar.





Fonte:http://www.infoescola.com/telescopios/telescopio-hubble/



Atividade e Resumo para as turmas do 3º ano - Nação, Território e Estado

País e Estado

É necessário, contudo, estabelecer a diferença entre Estado e País. Enquanto o primeiro é uma instituição formada por povo, território e governo, o segundo é um conceito genérico referente a tudo o que se encontra no território dominado por um Estado e apresenta características físicas, naturais, econômicas, sociais, culturais e outras. No nosso caso, o Brasil é o país e a República Federativa do Brasil é o Estado.

Nação

Por outro lado, o conceito de Nação, por sua vez, também possui suas diferenças e particularidades em relação aos demais termos supracitados. Nação significa uma união entre um mesmo povo com um sentimento de pertencimento e de união entre si, compartilhando, muitas vezes, um conjunto mais ou menos definido de culturas, práticas sociais, idiomas, entre outros. Assim sendo, nem sempre uma nação equivale a um Estado, ou a um país ou, até mesmo, a um território, havendo, dessa forma, muitas nações sem território e sem uma soberania territorial constituída.
A Espanha é um exemplo clássico de Estado multinacional, ou seja, com um grande número de nações vivendo em seu território. Existem os espanhóis, mas também existem os catalães, uma nação atualmente sem um Estado soberano e, portanto, sem um território político definido, além dos bascos, navarros e alguns outros. A maior parte dessas nações reivindica, inclusive, a criação de seus Estados independentes, com a delimitação de seus respectivos territórios, algo que ainda não foi conseguido.
Outro exemplo de nação sem território são os Curdos, conhecidos por serem a maior de todas as nações sem um Estado correspondente, de forma que seu povo habita vários países situados ao longo do Oriente Médio, no continente asiático. Essa nação vem solicitando a vários países e instituições internacionais a criação de seu país, que se chamaria Curdistão.

Nacionalismo

Muitos Estados, para garantirem o exercício de suas soberanias em seus territórios, tentam criar entre os seus habitantes um sentimento nacional, ou seja, a ideia de que aquele país equivale a uma nação geral, o que costuma ser chamado de nacionalismo. O estímulo ao nacionalismo é visto com bons olhos por muitas pessoas no sentido de essas valorizarem os seus territórios e suas populações, mas é preciso ter cuidado, pois os fatos históricos já demonstraram que um nacionalismo extremo pode provocar uma onda de fascismo. Nesse caso, o governo e até as pessoas passam a considerar que a sua nação (ou “raça”) é naturalmente superior às demais, justificando ações bélicas e formas de preconceito diversas, tal qual foi o caso do Nazismo na Alemanha em meados do século XX.

Estado Nação

Um estado-nação é uma área geográfica que pode ser identificada como possuidora de uma política legítima, que pelos próprios meios, constitui um governo soberano. Enquanto um estado é uma entidade política e geopolítica, uma nação é uma unidade étnica e cultural. O termo "estado-nação" implica em uma situação onde os dois são coincidentes. O Estado-nação afirma-se por meio de uma ideologia, uma estrutura jurídica, a capacidade de impor uma soberania, sobre um povo, num dado território com fronteiras, com uma moeda própria e forças armadas próprias também.
O conceito de um estado-nação pode ser comparado e contrastado com o de um estado multinacional, cidades-estado, impérios, confederações, e outras formações de estados dos quais podem sobrepor-se. Ao longo da história, existiram estados-nações em diferentes épocas e lugares do mundo, e atualmente representam a forma dominante de organização geopolítica mundial.
O Estado nação é essencialmente formado por três elementos:

1.      O Território

Território é uma área delimitada e definida pela relação entre diferentes indivíduos ou grupos. Sua acepção pode ser tida, primordialmente, em dois aspectos distintos: no âmbito do direito administrativo o termo irá se referir à porção da superfície terrestre onde existe a validade de determinado contrato social (por exemplo: a Constituição da República Federativa do Brasil é vigente em todo o território nacional); por outro lado, é um termo que se refere às inúmeras interações humanas com o meio natural e que irão definir as diversas formas de expressão desta interação (por exemplo: a paisagem urbana). Sendo muito utilizado nas ciências biológicas para referir à porção da superfície terrestre onde determinada espécie ocorre (por exemplo: animais territorialistas).

2.      Um Povo

É unânime a necessidade do povo como elemento para a constituição e existência do Estado, sendo certo afirmar, por isso mesmo, que não é possível a existência do Estado sem ele, notadamente porque, em última análise, é para ele que o Estado se forma.

3.      Soberania

A soberania está relacionada ao poder ou a autoridade exercida por um determinado território.

Territorialidade

É um princípio de Direito que permite estabelecer ou delimitar a área geográfica em que um Estado exercerá a sua soberania. Essa área geográfica é o território, que constitui a base geográfica do poder. O território compreende a terra firme, as águas aí compreendidas (exemplos: rios e lagos), o mar territorial, o subsolo, a plataforma continental, bem como o espaço aéreo correspondente ao domínio terrestre e ao mar territorial.

Fronteiras

A fronteira é o limite entre duas partes distintas, por exemplo, dois países, dois estados. As fronteiras representam muito mais do que uma mera divisão e unificação dos pontos diversos. Elas determinam também a área territorial precisa de um Estado, a sua base física.

Principais tipos de fronteira:

Fronteiras políticas

O espaço onde o Estado Nacional exerce sua soberania também é chamado território. Esses territórios são separados por limites, que muitas vezes são acidentes naturais (rios, lagos, cadeias de montanhas). Algumas vezes, esses limites são apenas rua ou uma estrada. De qualquer forma, construídos pela natureza, ou não, esses limites foram estabelecidos após séculos de um passado que envolveu guerras, acordos, conquistas e tratados.
Se, por um lado, as fronteiras são elementos de separação de povos e culturas, elas podem significar também uma aproximação entre nações vizinhas, quando essa separação territorial não implica disputas e rivalidades.
As fronteiras políticas podem ser:
-Fronteiras efetivas, que representam limites territoriais reconhecidos internacionalmente, como a fronteira entre Brasil e Uruguai.
-Fronteiras em litígio, onde existe um limite territorial de fato, sobre o qual não há acordo, ou que está sujeito a arbitragem, como ocorre com Vene¬zuela e Suriname.
Existem ainda as fronteiros indefinidas, onde não foram demarcados limites fixos entre os Estados; os limites mostram, apenas, áreas aproximadas de soberania, como, por exemplo, entre lêmen e Arábia Saudita.
Podemos representar essas fronteiras através da cartografia. A cada um desses territórios delimitados chamamos países. Hoje, no planisfério político, temos 192 países. Eram apenas 82, em 1950. À medida que novos países são acrescentados no mapa-múndi, aumenta o número de disputas de fronteiras internacionais.

Oceanos e as Fronteiras Políticas

Os oceanos também são objetos de legislação internacional, uma vez que são muito ricos em recursos pesqueiros e exploração de petróleo, além de serem via de circulação de comercio internacional e de turismo.

O Continente Sem Fronteiras

A Antártida é o único continente que não tem fronteiras políticas. Existe um acordo internacional, o Tratado da Antártida, assinado em 1961.

Outras Fronteiras da Globalização:
Fronteiras Naturais

São determinadas por elementos da natureza. São as chamadas faixas de transição, que funcionam como fronteiras entre ecossistemas diferentes. No Brasil, por exemplo, os ecossistemas amazônicos e da caatinga são separados pela Zona dos Cocais (Meio-Norte). Em escala global, os semi-desertos formam uma fronteira natural ao longo dos desertos.

Fronteiras Supranacionais

Fronteiras que separam grupos de nações. Tanto podem ser naturais (como as fronteiras entre continentes e subcontinentes, como no caso das Américas, separadas do restante por oceano) ou cultural (regiões com diferentes idiomas, religiões, etc) ou geopolítica (nações pertencentes ao NAFTA, OTAN, etc).

Fronteiras Econômicas

Fronteiras econômicas: por fronteiras econômicas, podemos entender  o processo de formação de mercados regionais em todo mundo advindo da globalização ( como o Mercosul, NAFTA, União Europeia, APEC) nos quais em muitos desses megablocos econômicos é permitida a livre circulação de pessoas, bens e serviços, ou mesmo os limites econômicos entre os setores de produção dentro de um determinado território, por exemplo no estado do Rio de Janeiro temos um setor Metal-Mecânico no sul do estado e a atividade extrativista no norte, com a exploração de petróleo, passando pela indústria têxtil na região serrana.

Fronteiras Culturais

Fronteiras culturais: as fronteiras culturais são os limites territoriais entre os grupos étnicos e religiosos, caso por exemplo, dos índios no Brasil, ou num plano internacional, do povo Basco na Espanha, ou do povo palestino. Em muitas dessas fronteiras podemos explicar conflitos étnicos entre muitos desses grupos. Uma relação de uma determinada cultura impede que se chegue a outra. O que acaba muitas vezes gerando esses atritos.

Fronteiras Tecnológicas


O mundo globalizado também têm sua fronteira criada pelas desigualdades sociais, econômicas e de acesso à tecnologia: a linha que divide o mundo rico (países do norte) do mundo pobre (países do sul).

Atividades:

1)  A análise geográfica é feita a partir de várias lentes e conceitos. Assim, é preciso conhecer bem esses conceitos para que a leitura da sociedade e do espaço seja feita de forma adequada. Pensando por esse prisma, observe o conceito a seguir:
“É uma instituição formada por povo, território e governo. Representa, portanto, um conjunto de instituições públicas que administra um território, procurando atender os anseios e interesses de sua população.”
A que conceito refere-se a afirmação acima?
a) Território
b) Nação
c) Estado
d) Governo

2) A respeito do conceito de território, é correto afirmar que:
I) Ao nos referirmos ao território brasileiro, referimo-nos ao espaço soberano reconhecido internacionalmente.
II) Os limites do território podem ser bem definidos ou não muito claros. As fronteiras podem variar de acordo com o espaço em análise.
III) Na Geografia, há um consenso exato sobre o que seja o conceito básico de território. Esse conceito é único para todas as análises espaciais, sociais e territoriais.
IV) É possível entender o conceito de território como sendo o espaço geográfico apropriado e delimitado por relações de soberania e poder.
Estão corretas as alternativas:
a) I, III e IV.
b) I, II e IV.
c) I e III.
d) Todas as alternativas.

3) Complete as frases abaixo:
a) A palavra __________________, corresponde a um país soberano, politicamente organizado em um território.
a) Estado      b) Província      c) País    d) Território

b). Uma _______________ é formada por um conjunto de pessoas que construíram costumes, tradições, histórias, formas de produzir e organizar-se em um território, conferindo-lhe identidade cultural e espacial. Essa identidade coletiva gera uma consciência nacional que compartilha hábitos, costumes, língua, religião e que, por sua vez, possibilita a construção de uma história comum.
a) Governo    b) Nação          c) País     d) Povo

4) Associe cada um dos termos aos seus respectivos conceitos.
(A) Estado (B) Nação (C) Território (D) País
(  ) Território politicamente delimitado por fronteiras, com unidade político-administrativa, em geral, habitado por uma comunidade com história própria. Possui um Estado constituído e uma Constituição.
(  ) Base física sobre a qual um Estado exerce sua soberania. Pode ser delimitado por fronteiras naturais ou artificiais; é formado pelo solo continental e insular, o subsolo, o espaço aéreo e o território marítimo.
(  ) Coletivo humano que possui características comuns, como a língua e a religião. Seus membros estão ligados por laços históricos, étnicos e culturais.
(  ) Ordenamento jurídico que regula a convivência dos habitantes de um país. Dele fazem parte o poder Legislativo, o poder Executivo e o poder Judiciário, País, nação, território e Estado

5) Marque na segunda coluna a correspondência correta em relação a primeira coluna:
1º Coluna:
1-    Limite
2-    Fronteira

2º Coluna:
(     ) Estabelecido por acordos e tratados.
(     ) É uma faixa do território.
(     ) Pode ser marítima ou terrestre.
(     ) Definidos por acidentes geográficos ou marcos sobre o terreno.


 6) Escreve V para verdadeiro e F para falso nas afirmações a seguir.
a) ( ) Todo país é um Estado-nação. 
b) ( ) O Estado é a forma como a sociedade se organiza politicamente. É o ordenamento jurídico que regula a convivência dos habitantes de um país.
c) ( ) Os tibetanos são exemplo de um Estado sem nação.
d) ( ) Não existe nação sem território próprio

7)   Relacione:
a) País 
b) Fronteira política
c) Território
d) Território marítimo
e) Estado
f) Nação
(    ) É a forma como a sociedade se organiza politicamente; é o ordenamento jurídico que regula a convivência dos habitantes de um país; o conjunto das instituições com seus funcionários que organizam e administram a sociedade.
(    ) É a faixa de mar que se estende da costa de um território até certa distância da mesma. O estado exerce sobre o mar territorial sua soberania.
(    ) Coletivo humano com características comuns; um povo que fala a mesma língua,que tem as sua tradições , costumes e religião, ligados por laços históricos e culturais .
(     ) É a base física sobre a qual um Estado exerce sua soberania; o território é delimitado por fronteiras políticas . O território de um país é formado pelo solo continental e insular (cercado de águas, como uma ilha), o subsolo, o espaço aéreo e o território marítimo.
(    )Território politicamente delimitado por fronteiras com unidade político-administraiva (Estado), habitado por uma comunidade (nação) com história própria representada.

8) O conceito de nação, por levar em conta aspectos considerados subjetivos, como identidade e sensação de pertencimento, possui uma variedade de análises, com enfoques e características distintas. A respeito da concepção de nação, assinale a alternativa incorreta:
a) Nem sempre uma nação equivale a um Estado ou a um país ou, até mesmo, a um território, podendo haver, então, muitas nações sem território e sem uma soberania territorial constituída.
b) Dentro do território espanhol existem várias nações, como a nação basca, catalã, navarra, andaluz e galega.
c) Um exemplo conhecido de nação sem território definido são os curdos, que habitam vários países ao longo do Oriente Médio.
d) As nações que não possuem território soberano delimitado, como os curdos e os bascos, não almejam o reconhecimento de territórios. Historicamente foram construindo uma trajetória de identificação e pertencimento ao Estado que os acolheu.
e) O conceito de nação foi utilizado muitas vezes como estratégia ideológica de manipulação de uma população. Exemplo disso é a tentativa de construção do nacionalismo, em que governos tentam criar entre os seus habitantes um sentimento nacional, ou seja, a ideia de que aquele país equivale a uma nação geral.

9) “Alguns conflitos na Europa tiveram origem vários séculos atrás e relacionam-se ao processo de incorporação de territórios e de grupos étnicos minoritários, como é o caso da dominação inglesa sobre os irlandeses e a espanhola sobre os bascos”.
(Lucci, Elian Alabi; Anselmo Lázaro Branco e Cláudio Mendonça. Território e sociedade no mundo globalizado: Geografia Geral e do Brasil. Ensino Médio. São Paulo: Saraiva, 2005 p.390.)

Sobre o tema dos conflitos étnicos nacionais, assinale a alternativa correta:
a) Os povos bascos são marcados pela luta por autonomia da região basca e pelo empreendimento separatista na Espanha, com o objetivo de se criar um País Basco, que tomaria todo o território espanhol.
b) A Irlanda do Norte é uma nação independente da Grã-Bretanha, com quem forma apenas uma integração territorial e econômica.
c) O grupo terrorista basco ETA, apesar de lutar pela criação do País Basco, não conta com o apoio da maioria basca e, desde 2006, anunciou a deposição de suas armas.
d) A luta da Irlanda do Norte por sua independência frente ao território britânico foi marcada por muitos conflitos e, ainda hoje, não existe previsão de pacificação entre as duas partes, com a realização de atentados terroristas praticamente todos os dias.

10) (FATEC) “Palavras de ordem, símbolos, propaganda, atos públicos, vandalismo e violência são, atualmente, manifestações de hostilidade frequentes contra estrangeiros na Europa. Os países onde mais intensamente têm ocorrido conflitos são Alemanha, França, Inglaterra, Bélgica e Suíça.”
(MOREIRA, Igor e AURICCHIO, Elizabeth. Construindo o espaço mundial. 3.ª ed. São Paulo: Ática, 2007, p. 37. Adaptado.)
 Sobre o fenômeno social enfocado pelo texto, é válido afirmar que se trata de conflitos:
a) civis e militares, relacionados às formas históricas de exploração dos países do chamado Terceiro Mundo.
b) ligados ao nacionalismo, ao racismo e à xenofobia, no contexto globalizado das grandes migrações internacionais.
c) entre imigrantes das diversas nacionalidades que invadem a Europa, atualmente, na disputa por empregos e por melhores condições de vida.
d) culturais, principalmente causados pelo conflito armado entre países católicos e protestantes, mas também, sobretudo, conflitos contra países islâmicos.
e) étnicos e sociais decorrentes das dificuldades de desenvolvimento de países europeus em continuar a sua industrialização nos setores tecnológicos de ponta.

11)PUC-RIO)

CONTRA O VÉU ISLÂMICO — FRANÇA PROÍBE USO DA BURCA (14/10/2009)


CIGANOS EXPULSOS DA FRANÇA SERÃO 950 DENTRO DE UMA SEMANA (25/08/2010)

Fontes: Google.imagens.com.br e Vera Monteiro/Agências
A partir das imagens das reportagens selecionadas, responda o que se pede:
a) Explique o que é XENOFOBIA e como ela afeta a pluralidade cultural no espaço europeu.
b) Indique UMA CAUSA CULTURAL da proibição do uso do véu islâmico e UMA CAUSA ECONÔMICA da expulsão dos ciganos pelo atual governo francês.

12)(UENP) Leia atentamente o fragmento de texto a seguir. Trata-se de uma entrevista com o sociólogo Zigmunt Bauman.
Poderia falar mais amplamente sobre os riscos da modernidade?

Uma das características do que chamo de "modernidade sólida" era que as maiores ameaças para a existência humana eram muito mais óbvias. Os perigos eram reais, palpáveis, e não havia muito mistério sobre o que fazer para neutralizá-los ou, ao menos, aliviá-los. Era óbvio, por exemplo, que alimento, e só alimento, era o remédio para a fome.
Os riscos de hoje são de outra ordem, não se pode sentir ou tocar muitos deles, apesar de estarmos todos expostos, em algum grau, a suas consequências. Não podemos, por exemplo, cheirar, ouvir, ver ou tocar as condições climáticas que gradativamente, mas sem trégua, estão se deteriorando. O mesmo acontece com os níveis de radiação e de poluição, a diminuição das matérias-primas e das fontes de energia não renováveis, e os processos de globalização sem controle político ou ético, que solapam as bases de nossa existência e sobrecarregam a vida dos indivíduos com um grau de incerteza e ansiedade sem precedentes.
Diferentemente dos perigos antigos, os riscos que envolvem a condição humana no mundo das dependências globais podem não só deixar de ser notados, mas também deixar de ser minimizados mesmo quando notados. As ações necessárias para exterminar ou limitar os riscos podem ser desviadas das verdadeiras fontes do perigo e canalizadas para alvos errados. Quando a complexidade da situação é descartada, fica fácil apontar para aquilo que está mais à mão como causa das incertezas e das ansiedades modernas. Veja, por exemplo, o caso das manifestações contra imigrantes que ocorrem na Europa. Vistos como "o inimigo" próximo, eles são apontados como os culpados pelas frustrações da sociedade, como aqueles que põem obstáculos aos projetos de vida dos demais cidadãos. A noção de "solicitante de asilo" adquire, assim, uma conotação negativa, ao mesmo tempo em que as leis que regem a imigração e a naturalização se tornam mais restritivas, e a promessa de construção de "centros de detenção" para estrangeiros confere vantagens eleitorais a plataformas políticas.
Para confrontar sua condição existencial e enfrentar seus desafios, a humanidade precisa se colocar acima dos dados da experiência a que tem acesso como indivíduo. Ou seja, a percepção individual, para ser ampliada, necessita da assistência de intérpretes munidos com dados não amplamente disponíveis à experiência individual. E a Sociologia, como parte integrante desse processo interpretativo — um processo que, cumpre lembrar, está em andamento e é permanentemente inconclusivo —, constitui um empenho constante para ampliar os horizontes cognitivos dos indivíduos e uma voz potencialmente poderosa nesse diálogo sem fim com a condição humana.
PALLARES-BURKE, Maria Lúcia Garcia. Entrevista com Zigmunt Bauman. Tempo soc. [online]. 2004
Sobre a questão dos imigrantes na Europa, julgue a veracidade das proposições abaixo.
I. A França começou a ser lentamente islamizada, em consequência de ondas sucessivas de novas migrações, nomeadamente das suas antigas colônias africanas, na sua maioria islamizadas. O número de muçulmanos não parou de aumentar (cerca de 10% da população francesa). Os grandes valores republicanos, com que a França integrava facilmente os imigrantes europeus, começaram a não surtirem efeito. A França começou então a depurar as suas referências culturais para se ajustar a esta nova realidade.
II. A Inglaterra e a Holanda adotaram um modelo próprio de integração: o multiculturalismo, isto é, cada imigrantes pode ter os valores que quiser, viver como entender, praticar a sua religião, mas não pode é interferir na ordem instituída. Tudo isto em nome da tolerância e dos direitos do indivíduo. A verdade é que essas sociedades acabaram por entrar numa lógica segregacionista: naturais para um lado, estrangeiros para outro.
III. A Alemanha e a Suíça levaram até às últimas consequências o modelo segregacionista, impondo uma clara separação entre "naturais" e "imigrantes. Estes últimos são mantidos, desde a sua chegada, a distância, sendo-lhes dito que não passam de mão-de-obra descartável, sempre que a situação o exija. Apesar do elevado número de imigrantes turcos existentes na Alemanha, a verdade é que apenas um pequeno número conseguiu naturalizar-se alemão.
Pode-se afirmar que é(são) verdadeira(s):
a) todas
b) apenas II e III
c) apenas I e II
d) apenas I e III
e) nenhuma

13) (UERJ) Cada um, de cada lugar do mundo, tem de assinalar em seu endereço eletrônico o país onde mora e de onde fala (.br, .ar, .mx, etc.); aquele que fala a partir dos EUA não precisa apor .us ao seu endereço e, assim, é como se falasse de lugar-nenhum, tornando familiar que cada qual se veja, sempre, de um lugar determinado, enquanto haveria aqueles que falam como se fossem do mundo e não de nenhuma parte específica.
Adaptado de Carlos Walter Porto-Gonçalves In: LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do sa
ber. Buenos Aires: CLACSO, 2005.
O texto acima contém uma reflexão acerca de um aspecto importante das redes mundiais de produção e circulação de conhecimento. Segundo o autor, essas redes são marcadas pelo conceito de:
a) pluralismo
b) autoritarismo
c) nacionalismo
d) etnocentrismo
e) idealismo

14) (UERJ) Um dos grandes desafios do século XXI para tornar o mundo melhor é o de aprender a conviver com os outros, aceitar e respeitar os que são diferentes na cultura, na religião, nos costumes, na sexualidade etc. A intolerância, os preconceitos, as discriminações e o racismo, no entanto, vêm crescendo. Sobre esse assunto, é CORRETO afirmar:
a) o princípio de que todos os seres humanos são iguais, independentemente de sexo, cor da pele, orientação sexual, local de nascimento, valores culturais, existe de direito e de fato nas sociedades democráticas.
b) o racismo consiste numa tendência a desvalorizar certos grupos étnicos, sociais ou culturais, atribuindo-lhes características inferiores e manifesta-se na segregação e rejeição de valores culturais.
c) os neonazistas, os carecas, os arianos, entre outros, são grupos organizados que visam combater os preconceitos, sobretudo contra migrantes pobres.
d) a xenofobia e a homofobia atingem em maior grau os indígenas, os negros e a mulher, considerados inferiores em determinadas sociedades.

15) (UPB) Os movimentos separatistas - regionais, religiosos e étnico-nacionais - são marcas que reordenam os territórios pertencentes a diversas sociedades mundiais. Em alguns países, grupos étnico-nacionais diferentes convivem tranqüilamente, enquanto que, em outros, há sérios conflitos e movimentos sociais que acabam redefinindo os territórios. Um exemplo é a África do Sul, que, ao longo dos anos de 1980 e de 1990, com a questão do Apartheid, teve vários conceitos associados a essa barreira ideológica. Nesse sentido, associe cada termo citado, na 1ª coluna, ao respectivo significado descrito, na 2ª coluna:
(1) Muro Antiimigração
(2) Comunidade
(3) Identidade étnico-cultural
(4) Etnia
(5) Sociedade

( ) É contrário(a) ao espírito de cooperação, contraponto da relação bilateral em seu conjunto, e prevalece para garantir a segurança na fronteira, gerando um clima de tensão entre as comunidades fronteiriças.
( ) Está associado(a) a determinadas formas de organização social que surgem e se desenvolvem através da experiência de grupos humanos identificados por crenças, normas, idiomas e técnicas,
aprovadas pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.
( ) É constituído(a) por comunidades diferenciadas pela cor da pele, por uma cultura específica e pela origem em uma dada população nacional.
A seqüência correta é:
a) 1, 3, 4
b) 1, 2, 3
c) 2, 3, 5
d) 1, 2, 4
e) 2, 4, 5

16) (UNIFACS) O perfil racial da Fundação Unipalmares é único na América do Sul e há poucas como ela no mundo. O projeto excita e atrai muita gente, como Jairo Abud, professor titular da Fundação Getúlio Vargas, que se apresentou à Unipalmares no início de 2005. A diretora, acanhada, disse que não teria como pagá-lo. Ele respondeu: “Não estou perguntando quanto ou como a senhora vai me pagar, estou dizendo que vou dar aula aqui”.
Inevitável provocar a diretora sobre o tema da democracia racial: “Minhas opiniões sobre isso se
aprofundaram. Hoje eu posso falar a partir de um conhecimento empírico. Eu discordava da democracia racial de Gilberto Freyre, sacava as dificuldades do negro. A importância disto aqui é que nossos alunos têm uma melhoria macro: observo mudanças no modo de eles falarem, de se comportar, a postura, as roupas, o padrão de consumo. Eles começam a ler e selecionar o que lêem. Não importa o que aconteça daqui pra frente, nós já conseguimos fazer nosso aluno entender que aqui ele pode, e alguém da família dele pode também. Olha, estou vivendo a democracia racial pela primeira vez”.(ZIBORDI, 2007, p. 8).

A questão racial no Brasil tem suas origens históricas na escravidão e na situação do negro após a Abolição. Ações políticas, como a da Unipalmares, representam, no contexto da sociedade brasileira,
a) uma comprovação da existência da democracia racial no país, fruto da miscigenação étnica que deu origem ao povo brasileiro.
b) uma política de ação afirmativa, que, através de mecanismos compensatórios, busca corrigir uma injustiça social no país.
c) o reforço do preconceito racial, pois prova a incapacidade intelectual dos negros para ingressarem na universidade sem mecanismos facilitadores.
d) a tese de que a diferenciação ocorre por critérios sociais e não de cor, na medida em que não existem manifestações de racismo na sociedade brasileira.
e) um retrocesso, ao permitir o ingresso na universidade de pessoas desqualificadas, utilizando-se apenas do critério racial e nenhum mecanismo de aferição de conhecimento.